Pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), indicou que 42% dos participantes da manifestação em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro de 2023 defendem a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República de 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível, segundo O Globo.
A pergunta feita aos entrevistados foi: “Se Bolsonaro não puder ser candidato, qual dos nomes a seguir é o melhor para concorrer à presidência?”.
Em segundo lugar, ficou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que não esteve na manifestação, com 21%. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) recebeu 16% das menções, enquanto o senador e irmão Flávio Bolsonaro obteve 6% das menções.
Outros integrantes da direita, entre os quais os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas, Romeu Zema (NOVO), foram pouco citados entre os participantes. Ambos não foram ao ato em Copacabana.
O levantamento ouviu 495 pessoas entre 9h30 e 13h na Praia de Copacabana e tem margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa foi conduzida pelo “Monitor do debate político” e coordenada por Pablo Ortellado e Márcio Monteiro.
A fala de Bolsonaro
Em ato neste domingo, 16, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “não vai sair do Brasil” e que será um problema se for “preso ou morto”. Em discurso, ele também criticou o governo Lula e disse que “o bolsonarismo não foi derrotado e nem será”.
“E só não foi perfeita essa ‘historinha’ de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se tivesse aqui, estaria preso até hoje ou, quem sabe, morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas, eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo, afinal, o Brasil é um país fantástico”, disse.
“Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro. Tenho paixão pelo Brasil.”
Bolsonaro também se manifestou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República:
“O que eles querem? É uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim.”
Sobre a questão da inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse:
“Como viram que a questão da inelegibilidade dá para ser alterada. Afinal de contas, me tornaram inelegíveis por que? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Porque me reuni com embaixadores e, a outra, porque subi no carro de som do Silas Malafaia.”
Fonte: O Antagonista
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