Mídia Ninja entra na mira de deputados de oposição

Deputados e oposição ao governo Lula apresentarem requerimentos de informação e pedidos de investigação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) sobre os repasses que chegaram a aproximadamente 4 milhões de reais ao portal Mídia Ninja, uma rede de notícias ligada à esquerda.

“Há várias possíveis irregularidades, uma mais gritante que a outra, desde falta de transparência até uso indevido de incentivos fiscais. Dinheiro público para financiar ativismo político travestido de ação cultural é a cara do desespero de um presidente cada vez mais rejeitado”, disse pelas redes sociais o deputado federal Filipe Barros (PL-PR).

Como mostramos, dois grupos ligados ao Mídia Ninja, cujos representantes têm participação no Ministério da Cultura, receberam o valor milionário através de convênios, emendas parlamentares e lei de incentivo desde o início do governo do petista. A informação é do Estadão.

Apesar de dizer que não recebe dinheiro público, o Mídia Ninja apoiou Lula na corrida eleitoral de 2022 contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Houve ou não repasses ao Mídia Ninja?

As entidades dizem que são apenas parceiras do Mídia Ninja e que não foram escolhidas por conta do vínculo político com o governo.

O portal não tem personalidade jurídica, então financia os projetos através de duas ONGs nos nomes de dois fundadores.

Até o momento, os grupos receberam R$ 1,6 milhão desde o primeiro ano de governo Lula, em 2023, e ainda devem receber R$ 2,4 milhões.

Por meio da Lei Rouanet, o presidente de uma das ONGs teve o direito de obter R$ 985 mil, mas disse não ter conseguido receber o valor.

Os projetos beneficiados com verba pública são nomeados como “Ninja”.

A assessoria de imprensa dos dois projetos afirmaram que não podem falar em nome do Mídia Ninja, porém, relataram “uma relação natural de apoio executivo e institucional”.

Segundo a reportagem, a organização Associação Coletivo Cultural recebeu R$ 3,4 milhões e parte da verba partiu de convênio com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), ligada ao Ministério da Cultura.

Fonte: O Antagonista

Compartilhe