Janja defende intromissão na China: “Não há protocolo que me faça calar”

Janja (foto) defendeu sua intromissão em reunião na China na semana passada, durante a qual se dirigiu ao presidente chinês, Xi Jinping, fora do protocolo. Ela falou durante a abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, evento promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

 A primeira-dama defendia a responsabilização das plataformas digitais no Brasil por conteúdos que, segundo ela “assombram com ameaças constantes a segurança e a vida de crianças e adolescentes”, quando anunciou uma “pausa para falar que em nenhum momento eu calarei a minha voz para falar sobre isso”.

“Em nenhum momento, em nenhuma oportunidade. Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso. Com qualquer pessoa, que seja do maior grau ao menor grau, do mais alto nível, a qualquer cidadão comum. Então, eu quero dizer que a minha voz, vocês podem ter certeza que vai ser usada para isso. E foi para isso que ela foi usada na semana passada, quando eu me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social“, disse Janja, para os aplausos da plateia.

“Eu não me calarei”

“Então, eu quero dizer que eu, como mulher, não admito que alguém me dirija, dizendo que eu tenho que ficar calada. Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Desculpe, mas eu precisava falar isso”, seguiu, para mais aplausos.

Segundo ela, “é urgente a regulamentação dos espaços digitais”.

“Quantas crianças precisamos perder? Quantas pessoas ainda precisam sofrer violências para que conseguimos um para que consigamos um espaço saudável na internet? Por mais que algumas pessoas se sintam incomodadas ou achem que não cabe a mim falar, questionar ou discutir sobre isso, reforço aqui meu compromisso de seguir lutando por um espaço digital respeitoso, principalmente porque me preocupo imensamente com as crianças e com as mulheres deste país, as principais vítimas dos crimes digitais”, acrescentou.

Janja disse ainda que tem conversado muito com a primeira-dama da França, Brigitte Macron, sobre bullying digital. Não se ouviu falar, contudo, de nenhuma intervenção da mulher de Macron durante reunião com Xi Jinping.

De O Antagonista

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