Ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann (foto) publicou uma mensagem para se explicar sobre uma declaração acerca da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, que não teria caído muito bem pelas bandas do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quero deixar claro que eventuais revisões de pena aos réus do 8 de Janeiro cabem única e exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal, que conduz os processos”, disse a petista em postagem em seu perfil no X.
“Entendo sim que esse debate pode e deve ser feito na sociedade, inclusive no Congresso, como já vem acontecendo de fato, mas sem interferir na autonomia do Poder Judiciário”, explicou.
O que Gleisi tinha dito?
Gleisi, que era presidente do PT até virar ministra do governo Lula, tinha dito o seguinte na quinta-feira, 10:
“Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de Janeiro, eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares. Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso.”
A mensagem em que a petista se explica nesta sexta termina assim:
“Reafirmo minha crítica ao PL da Anistia e seu substitutivo, que visam a impunidade de Bolsonaro e dos comandantes do golpe. São eles que manipulam a questão das penas para confundir a população e encobrir o objetivo de não pagar pelos crimes que cometeram contra a democracia.”
Urgência
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou na noite de quinta que reuniu as 257 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de urgência para votar o PL da Anistia. Até o início da tarde desta sexta, contudo, o pedido não tinha sido protocolado.
O projeto de lei da anistia foi apresentado em nome dos condenados pelo 8 de janeiro, mas a expectativa é de que ele venha a beneficiar Jair Bolsonaro e seus aliados, que serão julgados pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
De O Antagonista
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