Dados recentes indicam que as despesas com deslocamentos oficiais do governo Lula já atingiram um patamar superior ao registrado durante todo o mandato de Jair Bolsonaro. A análise dos gastos evidencia que, ao contrário da gestão anterior, marcada por uma postura mais comedida, a atual administração tem intensificado suas viagens tanto em âmbito nacional quanto internacional.
Dos R$ 4,58 bilhões em gastos registrados até agora pela gestão Lula, cerca de R$ 3 bilhões foram destinados ao pagamento de diárias de servidores públicos e autoridades, incluindo ministros, assessores e equipes que acompanharam o presidente em viagens oficiais tanto no Brasil quanto no exterior. Em todo o governo Bolsonaro, foram destinados R$ 4,15 bilhões para a mesma finalidade.
Essa diferença nos investimentos em mobilidade oficial parece refletir uma estratégia que busca reabrir e fortalecer as relações diplomáticas do país, além de ampliar a participação brasileira em fóruns e encontros multilaterais. Especialistas apontam que o aumento expressivo dos custos com viagens pode ser explicado pela retomada de compromissos internacionais e pelo esforço de ampliar o diálogo com outras nações, em contraste com a política de deslocamentos mais restrita adotada anteriormente.
O cenário atual ressalta uma mudança na abordagem do governo federal, que, ao priorizar uma presença ativa no exterior e uma agenda mais dinâmica de encontros bilaterais, acaba demandando um orçamento robusto para cobrir essas atividades. Essa nova postura levanta debates sobre a administração dos recursos públicos e a transparência na gestão dos gastos com viagens oficiais.
Com informações do Conexão Política
Compartilhe